PSICANÁLISE NA DITADURA (1964-1985)
História, Clínica e Política
Rafael Alves Lima
Prefácio: Christian Dunker
SINOPSE
Com a infiltração do conceito de “guerra psicológica”, usual entre militares, no campo psicanalítico e a cooptação de profissionais e associações psicanalistas pela ditadura militar brasileira, a psicanálise brasileira se descaracteriza, paradoxalmente durante sua fase de disseminação, quando se consolidam tanto as múltiplas correntes dos movimentos psicanalíticos como uma literatura crítica, e o IPA (Associação Internacional de Psicanálise, na sigla em inglês) alcança sua hegemonia no Brasil.
Rafael Alves Lima, em pesquisa minuciosa de fontes primárias e testemunhais, mostra que a ditadura brasileira impôs aos movimentos psicanalíticos um processo contraditório de consolidação e expansão no país, cujo histórico de distorções de fronteiras entre espaços civis e militares gerou colaborações e resistências, como provam os arquivos.
O objetivo do livro é reconstituir o papel desempenhado pela psicanálise no Brasil durante o período ditatorial entre 1964 e 1985, com base em pesquisa nos arquivos , desde a aliança de ocasião do autoritarismo militar com setores liberais da sociedade civil, passando pelo endurecimento do regime nos últimos anos da década de 1960 e início da de 1970, até o período da abertura política nos anos 1980. O autor analisa crítica e factualmente como se portaram os movimentos psicanalíticos frente às injunções da ditadura. Pela qualidade dos arquivos, se chega a uma compreensão da política do segredo na história da psicanálise que se transforma em uma espécie de silenciamento sobre o passado. Agora, algumas vozes começam a ser ouvidas.
QUARTA-CAPA
História e psicanálise. Seja por apresentar a história da psicanálise durante a ditatura militar brasileira, período no qual ela se institucionaliza, ganha reconhecimento e se dissemina, mas também por expor o que, como sociedade, encobrimos e silenciamos, Psicanálise na Ditadura é uma obra de duas vias que se entrelaçam por todo o percurso da pesquisa. Último país do Cone Sul a passar a limpo as responsabilidades pelos crimes cometidos pela ditadura, o Brasil não conseguiu tirar da Comissão da Verdade nenhuma consequência prática. Ao contrário, permitiu que pairasse sobre nossa vida político-institucional o fantasma da ditadura, nos assombrando como sintoma de uma neurose, que viola e corrompe.
Como ressalta Christian Dunker no prefácio do livro, “analogias discursivas entre psicanálise e expansão da ditadura surgiram espontaneamente”, mas “faltava o material factual, a pesquisa de arquivo”. Não falta mais. Rafael Alves Lima realiza um trabalho minucioso, que inclui, além de testemunhos, arquivos públicos e sites, para mostrar como objetivos pessoais, ¬fidelidades e antagonismos imaginários, convicções (ou a falta delas), ambições institucionais e intelectuais se emaranham e aprisionam as principais personagens desse enredo e as respostas que dão à repressão e à “ameaça comunista”.
RAFAEL ALVES LIMA
Psicanalista, professor e pesquisador na área de história e filosofia da psicologia e psicanálise. É mestre e doutor em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP. Foi visiting researcher no Centre for Psychoanalysis da Middlesex University London e é membro do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip-USP). Publicou Por uma Historiogra¬ a Foucaultiana Para a Psicanálise: O Poder Como Método (Via Lettera, 2015). Co-organizou Histórias Psicossociais da Psicanálise Brasileira (Benjamin, 2024); Brazilian Psychosocial Histories of Psychoanalysis (Palgrave Macmillan, 2021); Biopolítica e Psicanálise: Vias de Encontro (Via Lettera, 2019) e Otto Gross: Por uma Psicanálise Revolucionária (Annablume, 2017). Organizou Clinicidade: A Psicanálise Entre Gerações (Juruá, 2015). É editor associado da Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental e da Lacuna: Uma Revista de Psicanálise. Tem ainda vários artigos e capítulos de livros publicados, nacional e internacionalmente, nas áreas de história e ¬ filosofia a da psicologia e da psicanálise.
ESTUDOS
Coleção que conta atualmente com mais de trezentos títulos de filosofia, psicanálise, crítica, literatura, arquitetura, semiótica, entre outros que já se tornaram clássicos das ciências humanas, e que é voltada para abordagens que aprofundam e ampliam seus temas.
DA CAPA
Imagem da capa: manifestação estudantil, 1968 (detalhe); Fundo Documental Correio da Manhã.
ORELHA
Muito já se conhece sobre a contribuição dos saberes psi para a história social e cultural do Brasil durante o século. Entretanto, especi¬ficamente em relação à história da psicanálise, só muito recentemente a historiografia deixou de ser hagiográfica e se propôs a vasculhar nos desvãos das memórias e arquivos.
Este livro de Rafael Alves Lima descortina uma parte importante desta história, especificamente em relação ao longo período da ditadura empresarial-militar no país (1964-1985). Para isso, nos conta de instituições e personagens e como a teorização psicanalítica foi utilizada para interpretar pessoas – os ditos “subversivos” – e circunstâncias do momento. Principalmente, nos mostra como o sigilo profissional se transforma em segredo arquivístico, di¬ficultando que se possa lançar luz sobre acontecimentos.
É, portanto, uma grande contribuição para todos aqueles que se interessam por nossa história e pela psicanálise entre nós.
Ana Maria Jacó-Vilela (Professora titular e coordenadora do Laboratório de História e Memória da Psicologia -Clio-Psyché, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
TRECHOS
DO PREFÁCIO [Christian Dunker]
Último país do Cone Sul a mobilizar uma Comissão da Verdade para examinar os crimes ocorridos e as respectivas responsabilidades durante as ditaduras dos anos 1970, seus resultados foram silenciados, em 2016, por uma reação encobridora. O que resta da ditadura permanece e retorna, de modo deformado, em novas irrupções de violência e corrupção. Em vez de monumentos e de reprimendas históricas aos torturadores e colaboracionistas, silêncio e repetição. Em vez de elaborações institucionais, revisões e atos de demarcação, apagamentos. Em vez de assimilação aos currículos escolares e investimentos redobrados na ciência da história, como parte de uma narrativa conflitiva de nosso processo civilizatório, adiamento do arquivo, processos em segredo de justiça e louvores a torturadores contumazes. A verdade histórica tem um pé na sua estrutura de ficção e o outro no Real suprimido da simbolização e repetido no imaginário da alienação.
DO LIVRO
Arriscando um pouco o vocabulário psicanalítico, poder-se-ia dizer que um trabalho sobre a história da psicanálise no Brasil é limitado pelo princípio da realidade, uma convocação para o impossível, um desejo que já se sabe desde sempre castrado e que só existe enquanto tal porque sobre ele recai a injunção das limitações. Uma dessas limitações é a questão regional, já que ainda é comum que a grande maioria dos trabalhos em história da psicanálise no Brasil se concentre no eixo Sul-Sudeste. Essa concentração faz sentido quando se pensa nas primeiras décadas de implantação do freudismo, pois de fato até pelo menos o fim dos anos 1950 os três Estados brasileiros que “capitanearam” a difusão do movimento psicanalítico Brasil afora e adentro foram Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Ademais, para tomar esses dois últimos como exemplo, é razoável supor que as primeiras pesquisas que realizaram a sistematização da história da psicanálise em São Paulo e em Porto Alegre3 tiveram que se aplicar a um estudo mais focado, dada a fragilidade do campo de estudos em história da psicanálise no Brasil na época em que essas produções se deram. É fato que hoje temos algum privilégio no sentido da expansão de recursos, com mais condições objetivas de contemplar o país inteiro. Portanto, como os nossos antecedentes já prepararam o terreno, nós agora poderíamos nos valer do que já foi produzido para arriscar itinerários mais distantes do nosso lugar de partida, que é São Paulo. Como o nosso recorte histórico é a ditadura militar, não houve como não (ousar desejar) contemplar a situação da psicanálise nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país, uma vez que nesse período já detectávamos movimentos psicanalíticos nascentes ou mesmo consolidados em alguns desses lugares. Salvo raras exceções, é bem verdade que seguem sendo poucas as análises sistemáticas disponíveis (no sentido de análises de fôlego, extensas, para além de artigos ou capítulos de livros pontuais), assim como também não são facilmente encontradas fartas documentações sobre a situação da psicanálise fora do eixo Sul-Sudeste [...].
A todo momento o marco imaginário que se disseminou sobre a psicanálise no Brasil durante o regime militar patrulhava as nossas reflexões: o famigerado elitismo. Afinal, o que uma afirmação peremptória como “a psicanálise se comportou durante a ditadura como uma elite” pode querer dizer? Trata-se de um decalque da ordem da memória sobre o comportamento dos psicanalistas ao longo do regime militar que se disseminou como um código generalizante? O elitismo seria uma constatação relativa ao mercado de bens financeiros e econômicos da classe de psicanalistas ou seria também uma referência a um habitus de classe comum a esses agentes?
Dois processos fundamentais viabilizam a sedimentação do regime militar: a militarização do sistema político e a militarização do sistema estatal. No primeiro, a imposição de vetos e cassações de mandatos esteriliza a classe política de civis, eliminando os resistentes à agenda militar e os descomprometidos para com ela. No segundo, o Estado militarizado se faz valer em um processo de capilarização “de cima para baixo”, no qual se coordenariam organicamente, desde a Presidência da República, praticamente todos os postos decisórios das instituições públicas, desde os “escalões médios da burocracia” até as instâncias privadas de maior relevância social. A combinação dos dois processos macula o tecido social de maneira irreversível, de modo que gradativamente tanto instituições de Estado quanto setores da vida privada perdem nitidez quanto às suas diretrizes políticas, obscurecidas pela penumbra de um regime autoritário que se instala por todos os lugares nas microgeografias do poder sem que se saiba claramente onde de fato ele está. Daí talvez a imagem que tenha ficado para certos setores da sociedade dos primeiros anos da ditadura como uma conduta “branda”, quando na verdade ela estava muito longe de ser caracterizada como tal. Pelo contrário, qualificá-la como “branda” é um enorme despautério, pois ela era inclemente e ostensiva. O ponto é que ela buscava ser bastante seletiva quanto às suas condutas de perseguição, controle e exercício direto da violência. Pela seletividade, a ditadura conquistava sistematicidade a cada passo que o regime dava após o golpe, porém sem se apresentar como um regime político explicitamente autoritário generalizado ao corpo social como um todo; zelando pelo verniz democrático no campo da opinião pública, até 1968 ela se fazia presente sobretudo sub-repticiamente e de forma dissimulada.
Eis um exemplo de reação significativa dentro do discurso psi à chamada guerra psicológica – mesmo madre Cristina, uma das figuras psi que mais diretamente confrontou a ditadura durante todo o regime militar, conhecia o vocabulário por ele veiculado. Passando a não pertencer mais a um círculo militar exclusivo e adentrando o universo cultural popular, era de se esperar que a oposição ao golpe militar viesse a interpelar essa “ciência da guerra total”. Psicologia do Ajustamento Neurótico não passará despercebido aos olhos dos militares. Na verdade, o regime militar coloca suas suspeitas contra madre Cristina Sodré já desde o início da ditadura, ainda que a perseguição mais incisiva tenha se dado nos anos 1970. Apenas para dar um exemplo, em um documento da Agência de São Paulo do Serviço Nacional de Informações (ASP/SNI) datado de 1974, podemos ver que o regime militar acompanha cada passo da psicóloga, registrando suas conferências e palestras em diversas circunstâncias entre a segunda metade dos anos 1960 e início da década de 1970. Em outro documento já mais tardio de 1978, vê-se de que forma os militares leram Psicologia do Ajustamento Neurótico: “este livro é, na verdade, menos que um estudo de psicologia e mais uma verdadeira cartilha de incitação revolucionária”. Em outra passagem do documento, pode-se ler: “Tendo em vista que o título do livro está relacionado com o ajustamento neurótico, a autora tem o cinismo de considerar que a transformação do mundo Ocidental (dentro dos padrões revolucionários da dialética marxista, conforme está subentendido nos parágrafos abaixo), ‘é condição sine qua non para a profilaxia neurótica’ (página 99).”
É interessante observar como essas duas formas de compreender o juízo moral da rebeldia juvenil confluem no espectro brasileiro do “milagre econômico” da ditadura. Aqui, duas classes procuram partilhar de um mesmo habitus mesmo com origens distintas. De um lado, a classe média ascendente aderida ao conservadorismo, ávida pela dignidade econômica recém (e insatisfatoriamente) conquistada, que busca incorporar a autodisciplina como forma de se projetar em um futuro econômico novo no qual o céu era o limite (não se deve ignorar a potência do significante “milagre” aqui). De outro, as classes altas tradicionais, representantes do “Brasil verdadeiro” que “sempre deu certo” e autoeternizadas do lado certo da história, que oferta o protótipo moral na esfera dos costumes e solicita a obediência em contrapartida como princípio de coesão coletiva.
Não por acaso, são fundamentalmente essas duas classes sociais que compõem o jogo da disputa pela herança legítima da psicanálise nos anos 1970. Logo, os argumentos perspicazes recuperados das teorias estadunidenses das rebeliões juvenis e da teoria brasileira do “complexo de remorso” servem aos dois públicos dos movimentos psicanalíticos em questão, às classes médias e às classes altas: a regra geral é não se comportar de forma imatura. Não se rebaixar à rebeldia das circunstâncias políticas “passageiras”, não se encurralar na tentação da satisfação imediata (uma vez que a promessa do “milagre” era a de uma satisfação econômica contínua), não querer “derrubar o pai” a qualquer custo e nem agir como uma “criança mimada” apenas porque os privilégios de berço o permitem. Contra todos esses riscos, um corretivo aos ingressantes no jogo se apresenta como o álibi central: a própria análise pessoal.
No plano institucional, não faltarão exemplos do início da década de 1970 na própria Revista Brasileira de Psicanálise para demonstrar a preocupação com a questão do conflito de gerações nas sociedades psicanalíticas oficiais. Maria Manhães (SPRJ) e Adolfo Hoirisch (SBPSP?) publicam um artigo em 1970 no qual, após afirmar que Wilhelm Reich, Karen Horney e Erich Fromm teriam enveredado para o marxismo a despeito das críticas de Freud a ele em O Mal-Estar na Civilização (a propósito, trata-se de uma interpretação duvidosa do texto)
O terceiro esclarecimento é justamente em relação à implicância obcecada com [Hélio] Pellegrino. É provável que aqui incida o que a reportagem acima dizia: a esquerda não tinha dúvidas quanto ao laço de confiança entre [Amílcar] Lobo e o esquema repressivo. No entanto, no referido artigo da Folha de S.Paulo, Pellegrino sequer menciona o escândalo ou cita qualquer evento envolvendo o nome de Lobo e seus outrora aliados institucionais diretos. Como alguém que se crê do lado do bem atuando contra o mal, de alguma forma Lobo permanece imbuído do papel de “defensor da causa da neutralidade psicanalítica” mesmo quando já não é mais filiado à SPRJ (seu desligamento definitivo se dera em 1980), e mesmo expondo seu analista didata nos grandes jornais. Parece evidente que Lobo segue reproduzindo o argumento próprio do discurso tradicional da SPRJ que o formara, mesmo quando não teria mais nenhum débito para quitar com ela. Zelando pela idoneidade da instituição à qual já não mais pertence, ele clama por uma ação dos militares para que ela não se torne “um foco de subversão” caso Pellegrino tome o poder – um raciocínio que só não é ilógico porque, justamente, é formulado dentro de uma lógica golpista.
SUMARIO
Siglas
Prefácio – Christian Dunker
Introdução:
A Pesquisa em História da Psicanálise na Ditadura Brasileira
De Nossos Antecedentes, Desejos (e das Castrações Que Lhes São Correlatas); De Nossas Posições; Da História Propriamente Dita
1. Parâmetros Para uma História da Psicanálise no Brasil
Rotas Filiatórias; Rotas Migratórias; Para uma Definição Operacional de
Movimento Psicanalítico; Apropriações de Bourdieu; Nas Trilhas de uma
Análise das Elites
2. Políticas do Segredo e Arquivos na História da Psicanálise
Políticas do Segredo; Segredo e Arquivo: Consequências Historiográficas Para
a História da Psicanálise; Arquivos;
3. A Psicanálise em 31 de Março de 1964
Aliança de Ocasião, Autoritarismo de Crise: Disjunções Entre o Movimento
Psicanalítico e a Saúde Pública; Masoquismo e Comunismo: Uma Arqueologia
Psicanalítica da Esquerdopatia
4. O Mito Nacional do Pedigree: Um Capital Simbólico Para a Psicanálise no Brasil
Os Xiboletes do Didatismo e Suas Vicissitudes: Um Expediente Internacional de
Despolitização Adequado às Condições Nacionais; Tabulação de Quadros
Institucionais
5. Uma Revista, Brasileira, de Psicanálise: Por uma Estabilização dos Conceitos e das Práticas Psicanalíticas
A Criação da Revista Brasileira de Psicanálise; “E o Teu Futuro Espelha Essa
Grandeza”: Uma Historiografia Quatrocentona Para a Psicanálise; Ciência ou
Ideologia: A Solução da “Faculdade de Psicanálise”
6. 1968, o Ano Terminável e Interminável
Psicanalista, Militante de Esquerda e “Mineiro Apostólico Romano”: Um Retrato
do Engajamento Político e Intelectual de Hélio Pellegrino; Mulher, Negra,
Socióloga, Psicanalista e … Conservadora? Paradoxos de Virgínia Bicudo
7. A Oficina de Perigos
Uma “Sorbonne” Civil-Militar: A Escola Superior de Guerra (ESG); Uma
Oficina de Perigos: O Serviço Nacional de Informações (SNI); Arquivos
Turvos
8. O Boom da Psicanálise
…E das Psicoterapias
9. Impactos Intelectuais do Freudo-Marxismo: Uma Alternativa à Ética da Maturidade
Reverberações Mineiras: A Revista Estudos de Psicanálise; Prolongamentos da
“Guerra Psicológica”
10. As Novas Verificações da Autenticidade: A Legitimidade dos Exilados, a Bastardia dos Levianos e os Ventos Argentinos do Combate ao Autoritarismo
Uma Pedra no Sapato: A Escola Superior de Psicanálise; A Dissidência Argentina;
11. As Novas Formas da Vigilância: O Recrudescimento da “Guerra Psicológica” e as Ligações Orgânicas Com os Militares no Conselho Nacional de Psicologia
A Psicopolítica Como Fantasma: Os Idiotas Úteis (Segundo um Manual Clandestino
de Lavagem Cerebral Soviética); Um Conselho Nacional Para a Psicologia e Suas Relações Orgânicas Com os Militares: Uma Análise do “Caso” Virgínia Bicudo
12. O Desgaste dos Tecidos Intergeracionais
O Horizonte Normativo e Moral da Maturidade; Marxistas no Divã: Recortes de Casos Clínicos; O Outro Lado da Moeda da Neutralidade: O “Caso” Laertes Ferrão
13. Confluências Psis no Elo Civil-Militar
Prestações de Serviços Psis; Uma Psicanalista na Escola Superior de Guerra: O “Caso” Noemy Rudolfer
14. O Milagre da Multiplicação Legítima
Dissidências Incontroláveis: O Horizonte de um Para Além dos Muros
Institucionais; O Lacanismo à Brasileira; O Exílio dos Psicanalistas Argentinos no Brasil; Outras Histórias a Serem Escritas e Algumas Reações das Sociedades Oficiais
15. A Última Catástrofe: O “Caso” Amílcar Lobo
Primeiro Tempo do Caso Amílcar Lobo; Segundo Tempo do Caso Amílcar Lobo
16. A Constituição de uma Biblioteca Crítica Psicanalítica: Da Reorganização das Resistências dos Psicanalistas ao Regime Militar a um Passado a Ser Tirado a Limpo
A Torrente Franco-Brasileira: O Pós-Maio de 1968 Apropriado às Condições da
Abertura Política Brasileira; Antropologia e Ciências Sociais: O Boom da Psicanálise Como Objeto de Estudo; Outros Encontros Entre Freud e Marx; Uma Filosofia da Psicanálise no Brasil; No Convívio das Agendas Políticas da Abertura: A Reforma Psiquiátrica e a Luta Antirracista; A Neutralidade Inexpugnável
Reflexões Finais
Notas
Referências
Seleção de Arquivos e Documentos Mencionados
FICHA TÉCNICA
Rafael Alves Lima
Prefácio: Christian Dunker
Coleção Estudos
História/Psicanálise
Impresso em brochura
13,5 x 22,5 cm
448 páginas
ISBN 978-65-5505-207-7
Lançamento 1 nov
615 laudas
lombada 2,5 cm
peso 504 g
EBOOK
ISBN 978-65-5505-208-4
Lançamento 1 nov
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2 x de R$68,37 | Total R$136,73 | |
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5 x de R$28,76 | Total R$143,81 | |
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