A CONDIÇÃO JUDAICA: HERANÇAS
Breno Isaac Benedykt, Gita K. Guinsburg, Lia Vainer Schucman e Sergio Kon (orgs.)
Artigos: Albert Memmi, Anatol Rosenfeld, André Neher, Hannah Arendt, J. Guinsburg, Martin Buber, Robert Misrahi
Prefácio: Gita K. Guinsburg, Lia Vainer Schucman
Tradução: Newton Cunha et al.
DESCRIÇÃO CURTA
O livro traz textos de grandes intelectuais judeus refletindo sobre a condição e os desafios de ser judeu em comunidades diaspóricas.
SINOPSE
A Condição Judaica Contemporânea: Heranças reúne reflexões de diversos pensadores sobre a identidade, história e desafios do povo judeu na modernidade. Seleção de textos de Hannah Arendt (este inédito entre nós), André Neher, Martin Buber, Anatol Rosenfeld, Robert Misrahi, Albert Memmi e J. Guinsburg, o livro apresenta análises incisivas desses autores clássicos sobre a condição judaica na segunda metade do século XX, abordando questões históricas, filosóficas e existenciais.
Como um prisma, a partir de seu tema central, projeta abordagens de diferentes colorações: Hannah Arendt analisa a condição do judeu como "pária" na sociedade europeia; Misrahi vê a judaicidade como um ato reflexivo e voluntário, conectando sua particularidade com valores universais; Buber aborda a fé judaica como uma relação dialogal entre o homem e Deus, enfatizando a importância do encontro e da responsabilidade ética; Rosenfeld destaca os dilemas entre pertencimento nacional e identidade cultural; Misrahi reflete sobre a condição judaica como um microcosmo da humanidade; Memmi explora a alienação do judeu na sociedade moderna; enquanto J. Guinsburg questiona a própria definição de judaicidade.
Explorando temas como a diáspora, o antissemitismo, a relação entre o indivíduo e o coletivo, e o papel do judaísmo na construção de valores universais, com destaque para a complexidade da identidade judaica, que combina particularidade e universalidade, tradição e modernidade, a obra nos convida a refletir, à luz dos acontecimentos mais recentes, sobre o papel do judaísmo na construção de uma humanidade mais justa e ética, assim como a perplexidade do judeu da diáspora diante do antissemitismo persistente.
QUARTA-CAPA
Entre exílio e diálogo, entre exclusão e promessa, a condição judaica revela-se não como identidade estática, mas como movimento incessante. A marginalidade de Arendt se conecta à travessia de Neher; a abertura ao outro em Buber ilumina a precariedade política de Rosenfeld; a crítica de Memmi à nação reverbera no humanismo de Misrahi; a recusa de J. Guinsburg à homogeneidade ecoa em todos eles.
Pensar a condição judaica é também convocar os judeus a olhar para o mundo a partir de si, mas não apenas sobre si. Que este olhar, em vez de fechar-se na dor, desloque-se em direção ao outro. Que, ao reconhecer em sua própria história a experiência da perseguição e da exclusão, os judeus possam também reconhecer, nas perseguições e racismos que marcam o presente, os espelhos de si mesmos. [LVS]
AUTORES
Albert Memmi (1920-2020)
A análise do homem alienado na sociedade moderna, particularmente a do judeu, encontrou viva expressão nesse tunisino. De ambiente ainda integrado na tradição, recebeu formação judaica em escola rabínica e em estabelecimento da Aliança Israelita, bem como educação regular francesa, em nível secundário e superior, sendo professor universitário em Paris. Sua estreia em livro verificou-se em 1953, com o romance Statue de sel (Estátua de Sal). Aí, e em sua outra obra de ficção romanesca, Agar, caracteriza uma tripla solidão: a de um homem separado de seus semelhantes pela língua, pela etnia e pela religião, o que corresponde ao status de oprimido como “indígena em um país colonizado, judeu em um universo antissemita, africano em um mundo em que triunfa a Europa”. Os dois romances não constituem, para o autor, produções encerradas em seu propósito narrativo e artístico, já que o “ciclo de Alexandre Mordekhai Benilouche”, como Memmi denomina os relatos, faz parte de um conjunto que é composto também pelos ensaios Portrait du colonisé (Retrato do Colonizado), precedido do Portrait du colonisateur (Retrato do Colonizador) e pelo Portrait d’un juif (Retrato de um Judeu), de cuja primeira parte, L’Impasse (O Impasse), extraímos significativa passagem. Por ela, não é difícil medir os elementos de que se vale o “retratista” para fixar uma das “condições impossíveis”, como se denomina a série toda. E é à luz desse título que torna meridiano o sentido do projeto esboçado por Memmi, o qual busca, pela captação particular do homem em situação, nos termos sartrianos, mas por um enfoque interno, retratar a situação do homem e do universo, não apenas particularmente judaico, como também do real e autenticamente humano.
Anatol Rosenfeld (1912-1973)
Filósofo, crítico teatral e ensaísta teuto-brasileiro, foi um refugiado do nazismo que se tornou uma figura fundamental na cultura brasileira. Nascido na Alemanha, estudou filosofia e literatura na Universidade de Berlim, mas interrompeu seu doutorado devido à perseguição nazista. Chegou ao Brasil em 1937, onde inicialmente trabalhou em ocupações modestas (como lavrador e caixeiro-viajante, experiências que narrou em Anatol on the Road, Perspectiva, 2006) antes de se estabelecer como jornalista e intelectual. Sua obra abrangeu crítica literária, teatro, estética e filosofia, sempre defendendo o primado da razão e a clareza argumentativa, em oposição a irracionalismos. Autor de O Teatro Épico (Perspectiva, 1985) e Negro, Macumba e Futebol (Perspectiva, 1993), entre outros, Rosenfeld atuou como ponte entre a tradição intelectual alemã e o contexto brasileiro, explorando desde o romantismo alemão até o modernismo, além de popularizar e analisar as teorias de Bertolt Brecht entre nós, destacando o potencial crítico e pedagógico do teatro épico. Ademais, sua experiência com o nazismo o levou a combater as tendências irracionalistas na arte, associando-as a riscos de autoritarismo. Pesquisou a natureza ontológica das personagens literárias, distinguindo ficção de realidade e enfatizando sua função exemplar. Rosenfeld lecionou na Escola de Arte Dramática (EAD) e na Universidade de São Paulo, exercendo forte influência no meio acadêmico, com sua escrita e seu pensamento caracterizados pelo rigor, pela clareza e pelo compromisso com a democratização do conhecimento.
André Neher (1914-1988)
Nascido em Obernai, França, foi professor de Língua e Literatura Hebraicas na Universidade de Estrasburgo. Sua obra de filósofo, escritor e teólogo se impôs como uma das mais relevantes de sua geração e, principalmente, do grupo de pensadores judeus franceses que, após a catástrofe e o holocausto hitleristas, se puseram a reconsiderar a situação e a condição do judeu no mundo de hoje. Combinando profetismo e existencialismo, fé e fenomenologia, pensamento bíblico e filosofia moderna, Neher mergulha nas fontes primeiras do judaísmo. Em livros como Amos, contribution à l’étude du prophétisme (Amós, Contribuição ao Estudo do Profetismo), Moïse et la vocation juive (Moisés e a Vocação Judaica), L’Essence du prophétisme (A Essência do Profetismo), L’Existence juive (A Existência Judaica) – de onde procedem nossos excertos – traz à tona a atualidade desses fundamentos e os fundamentos dessa atualidade e a vigência existencial da sagrada missão clássica do gênio profético: a da inserção do Eterno no Temporal.
Gita Kukavka Guinsburg
Editora, educadora e tradutora brasileira, tem um reconhecido trabalho editorial com a Perspectiva desde a fundação ao lado de seu parceiro, o editor Jacó Guinsburg. Hoje, é uma das três pessoas que comandam a editora. Em 2021, ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria Trabalho Editorial. Foi, durante décadas, diretora pedagógica do Colégio I.L. Peretz, em São Paulo, e é professora aposentada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP).
Hannah Arendt (1906-1975)
Teórica política e filósofa alemã de origem judaica, Arendt foi uma das pensadoras mais influentes e originais do século XX. Aluna de Martin Heidegger e Karl Jaspers, foi forçada a fugir do regime nazista, estabelecendo-se nos Estados Unidos em 1941. Sua obra interdisciplinar aborda temas como o totalitarismo, a natureza do mal, a política, a autoridade e a liberdade. Ela ficou mundialmente conhecida com o livro As Origens do Totalitarismo (1951), onde analisou as raízes dos regimes nazista e stalinista. Seu conceito da “banalidade do mal”, elaborado a partir da cobertura do julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann para a revista The New Yorker, foi profundamente impactante e controverso. Arendt argumentou que grandes males podem ser cometidos por pessoas comuns que abdicam de pensar criticamente e apenas seguem ordens. Ao longo de sua vida, defendeu a ideia da política como espaço de ação e debate livre entre cidadãos.
Suas obras, como A Condição Humana e Eichmann em Jerusalém, continuam essenciais para se compreender os dilemas do mundo moderno. Seu legado permanece extremamente relevante para a filosofia, a ciência política e a teoria jurídica.
Jacó Guinsburg (1921-2018)
Nasceu na Bessarábia e chegou no Brasil por volta de 1924. Foi tradutor de Diderot, Lessing, Nietzsche e outros tantos escritores. Como ensaísta, principalmente de estética teatral, publicou Stanislávski e o Teatro de Arte de Moscou; Leoni de’ Sommi: Um Judeu no Teatro da Renascença Italiana; Diálogos Sobre Teatro; Aventuras de uma Língua Errante: Ensaios de Literatura e Teatro Ídiche, de 1996 (o mais importante estudo crítico sobre a língua e a literatura ídiche publicado na América Latina); Stanislávski, Meierhold e Cia.; Da Cena em Cena; O Que Aconteceu, Aconteceu (publicado em 2000 pela Ateliê Editorial, tematiza, entre outros elementos, a vida judaica dos imigrantes judeus no Brasil). Fundador e editor da editora Perspectiva, Guinsburg destacou-se no cenário brasileiro como um dos seus mais brilhantes e inspiradores intelectuais e foi professor-emérito da ECA-USP.
Lia Vainer Schucman
Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo com estágio de doutoramento no Centro de Novos Estudos Raciais pela Universidade da Califórnia. Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pesquisadora de psicologia e relações étnico-raciais. Autora dos livros Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo: Branquitude, Hierarquia e Poder na Cidade de São Paulo (Veneta, 2020), Famílias Inter-Raciais: Tensões Entre Cor e Amor (Fósforo, 2022). Organizou ainda Branquitude: Diálogos Sobre Racismo e Antirracismo (Fósforo, 2023).
Martin Buber (1878-1965)
Filósofo, teólogo e escritor judeu austríaco, naturalizado israelense, conhecido como o “pensador do diálogo”. Nascido em Viena, Buber foi influenciado por Kierkegaard e Nietzsche e tornou-se um expoente do sionismo cultural, defendendo a coexistência pacífica entre árabes e judeus. Sua obra mais influente, Eu e Tu (1923; Centauro, 1974), introduziu a filosofia do diálogo, distinguindo duas formas de relação: a relação Eu-Tu (autêntica, recíproca e existencial) e a relação Eu-Isso (utilitária, objetificante). Buber via o diálogo genuíno como essencial para a realização humana e a experiência religiosa, enfatizando que Deus é encontrado no encontro com o outro. Suas obras incluem, entre outras, Sobre Comunidade (Perspectiva, 1981), Socialismo Utópico (Perspectiva, 2007) e Do Diálogo e do Dialógico (Perspectiva, 2014). Buber traduziu a Bíblia Hebraica para o alemão com o também filósofo Franz Rosenzweig e estudou a tradição hassídica, popularizando em coletâneas seus contos e valores éticos. Suas ideias impactaram a psicologia (influenciando Carl Rogers), a educação e a teologia, defendendo que a intersubjetividade – o vínculo entre sujeitos – é fundamental para a existência humana. Perseguido pelo nazismo, emigrou para Jerusalém em 1938, lecionando na Universidade Hebraica até 1951. Seu legado permanece como um chamado ao diálogo autêntico e à responsabilidade ética no mundo contemporâneo.
Robert Misrahi (1926-2023)
Nasceu em Paris e formou-se em Filosofia, matéria em que conquistou a agrégation, ocupando o cargo de assistente na Sorbonne. Colaborador de Les Temps Modernes, desde 1945, escreveu em suas páginas sobre o tema do judeu, e foi na coleção dirigida por J.-P. Sartre e Francis Jeanson que publicou La Condition réflexive de l’homme juif (A Condição Reflexiva do Homem Judeu, de onde provém o nosso texto). Esse livro se filia indubitavelmente ao pensamento sartriano e à sua fenomenologia situacional, cuja contribuição para o reenfoque do problema judeu no século XX foi das mais fecundas e renovadoras, não se limitando, contudo, à análise in situ externa, como a das Reflexões Sobre a Questão Judaica, ou à tentativa de mesma inspiração, mas centrada em uma descrição interna do objeto, como a do Portrait d’un juif (Retrato de um Judeu). Na linha talvez do próprio Sartre, Misrahi procurou unir, em Critique de la raison dialectique (Crítica da Razão Dialética), os dois momentos e os dois ângulos de abordagem a fim de discernir, por meio dos diversos níveis estruturais e de seu processamento, tanto a lógica interna e existencial que leva cada judeu, com base em sua cosmovisão e no agravo sofrido, à afirmação de sua particularidade, quanto a dialética da reflexão que converta tal particular em um universal, na medida em que a “judaicidade como vontade reflexiva simboliza o todo da humanidade”.
A QUESTÃO JUDAICA CONTEMPORÂNEA
Esta coletânea propõe uma contextualização crítica e uma análise situada das múltiplas configurações identitárias, políticas e simbólicas da questão judaica contemporânea, considerando os desdobramentos do ataque do Hamas em ‑ de outubro de a Israel e a subsequente resposta militar israelense em Gaza.
TRECHOS DO LIVRO
Arendt, A Condição Judaica
O fato de o estatuto dos judeus na Europa ter sido não só o de um povo oprimido, mas também daquilo que Max Weber chamou de um “povo pária”, é um fato muito claramente apreciado por aqueles que tiveram a experiência prática de quão ambígua é a liberdade que a emancipação assegurou e quão traiçoeira é a promessa de igualdade que a assimilação ofereceu. Na sua própria posição de marginais, esses homens refletem o estatuto político de todo o seu povo. Por conseguinte, não é surpreendente que, a partir da sua experiência pessoal, poetas, escritores e artistas judeus tenham sido capazes de desenvolver o conceito de pária como um tipo humano – um conceito de suprema importância para a avaliação da humanidade em nossos dias e que exerceu sobre o mundo gentio uma influência em estranho contraste com a ineficácia espiritual e política que tem sido o destino desses homens entre os seus próprios irmãos.
(...)
O homem de boa vontade é hoje levado ao isolamento, como o judeu estranho no castelo. Ou ele se perde, ou morre de exaustão. Porque só no quadro de um povo é que um homem pode viver como um homem entre os homens, sem se esgotar. E só quando um povo vive e funciona em consórcio com outros povos é que pode contribuir para o estabelecimento na terra de uma humanidade comumente condicionada e controlada.
Neher, A Condição Judaica
O homem hebreu é o homem abraâmico. O homem judeu, quando se sente hebreu, aceita reviver a decisão de Abraão e repeti-la, aceita subtrair-se ao estabelecido, protestar contra os ídolos, contra a injustiça; isso tanto o homem judeu como também o homem cristão, o homem muçulmano, o homem marxista, o homem humanista, todos aqueles que se sentem irmãos em Abraão. Quando um papa declara que somos todos espiritualmente semitas, quer dizer na realidade que somos todos espiritualmente hebreus.
Buber, A Condição Judaica
O judaísmo encara a linguagem como um acontecimento que abarca além da existência do homem e do mundo. Em face da estática da ideia de Logos, a Palavra aparece aqui em sua dinâmica total como aquilo que acontece. O ato divino da criação é linguagem; mas também o é todo instante vivido. O mundo é dado aos homens que o percebem, e a vida do homem é, em si mesma, um diálogo.
Memmi, A Condição Judaica
O inimigo do judeu late de alegria à menor confissão sobre essa não coincidência, esse não enraizamento do judeu. Como ousa ele fazer-nos um processo do próprio objeto de nossa nostalgia, dessa desgraça que nos é imposta pelo destino, para não dizer por ele mesmo? Como ousa orgulhar-se de nossa exclusão? Eu nada recusei, infelizmente foi a nação que me recusou, que me deixa fora dela. Quer eu queira, quer não, a história do país em que vivo se me apresenta como uma história falsa. Como poderia sentir-me representado por Joana d’Arc? Ouviria eu com ela essas vozes patrióticas e cristãs? Sim, ainda a religião! Que me deem uma receita para considerar à parte a tradição nacional e a tradição religiosa.
J. Guinsburg, A Condição Judaica
O judaísmo se define pelos judeus, e não ao contrário; isto é, por aqueles indivíduos que se apresentam como tais, que vivem, praticam ou cultivam de alguma maneira elementos daquilo que se denomina judaicidade. É uma gama muito ampla, porque se eu conceituar os judeus unicamente por seu ser religioso, estarei deixando de lado, hoje, um largo segmento de pessoas que se identificam com um judaísmo laico, não obrigatoriamente antirreligioso, e por aí se autoidentificam como judeus.
SUMARIO
Duas Gerações - À Guisa de Prefácio:
Gita K. Guinsburg [Pensando Sobre Mim: Perguntas Sem Fim]
Lia Vainer Schucman [Sobre a Questão Judaica]
A Condição Judaica:
1. Hannah Arendt [O Judeu Como Pária: Uma Tradição Oculta]
2. André Neher [O Homem Judeu]
3. Martin Buber [A Fé do Judaísmo]
4. Anatol Rosenfeld [Conflito Entre Indivíduo e Estado: Os Judeus da Diáspora]
5. Robert Misrahi [Uma Humanidade Original]
6. Albert Memmi [O Judeu, a Nação e a História]
7. J. Guinsburg [O Que É Ser Judeu]
Sobre os Autores
FICHA TÉCNICA
Breno Isaac Benedykt, Gita K. Guinsburg, Lia Vainer Schucman e Sergio Kon (orgs.)
Artigos: Albert Memmi, Anatol Rosenfeld, André Neher, Hannah Arendt, J. Guinsburg, Martin Buber, Robert Misrahi
Prefácio: Gita K. Guinsburg, Lia Vainer Schucman
Tradução: Newton Cunha et al.
Coleção [IBI.06]
Judaísmo, antissemitismo, diáspora
Impresso em brochura
12,5 x 20,5 cm
144 páginas
ISBN 978-65-5505-273-2
Lançamento 18 nov 2025
EBOOK
ISBN 978-65-5505-274-9
1 x de R$39,90 sem juros | Total R$39,90 | |
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6 x de R$7,49 | Total R$44,91 |