PERFORMANCE
Diana Taylor
Apresentação: Leda Maria Martins
Tradução: Margarida Goldsztajn
SINOPSE
Provavelmente o principal trabalho sobre o assunto, Performance traz a riqueza e a diversidade de experiências desse (re)fazer constante e reiterado que revolucionou o mundo das artes e dos espetáculos. Com insights luminosos e inspiradores, Diana Taylor nos mergulha numa viagem intensa e transformadora que nos confronta com nosso próprio corpo e com a presença de outros. O livro é uma chave para desvendar o mundo contemporâneo em seus embates e para nos aproximar da produção artística mais atual.
QUARTA-CAPA
Bem-vindo ao mundo da performance! Aqui, você vai conhecer o trabalho de alguns de seus principais expoentes, notadamente latino-americanos, e poderá sentir seu enorme impacto sobre a cultura e as formas de expressão do corpo. A performance existe além do ato isolado, singular, e é possível pensá-la “como um repertório contínuo de gestos e comportamentos que são reencenados ou reativados repetidamente, muitas vezes sem que estejamos cientes deles. Se aprendemos e nos comunicamos por meio da prática performada, corporificada, é porque os atos se repetem.” Questionando identidades e espaços, a virtualidade do real e a realidade do virtual, Diana Taylor nos mostra o poder libertador da performance, capaz de nos fazer reimaginar e reencenar regras, códigos e convenções sociais.
DIANA TAYLOR
É professora do Departamento de Estudos da Performance e do Departamento de Espanhol da Universidade de Nova York e é também diretora fundadora do Instituto Hemisférico de Performance e Política. Além desta obra, ela é autora da obra Theatre of Crisis: Drama and Politics in Latin America (Kentucky University Press, 1991), prêmio de Melhor Livro pelo New England Council on Latin American Studies e Menção Honrosa no Joe E. Callaway, na categoria de Melhor Livro de Drama. Ela também é autora de Disappearing Acts: Spectacles of Gender and Nationalism in Argentina’s ‘Dirty War’ (Duke University Press, 1997) e The Archive and the Repertoire: Performing Cultural Memory in the Americas (Duke University Press, 2003), que angariou o prêmio de pesquisa ATHE, na categoria de Prática Teatral e Pedagogia, e o Katherine Singer Kovacs, da Modern Language Association, na categoria de Melhor Livro Sobre a Literatura e Cultura Latino-Americana e Espanhola (2004). Taylor co-organizou, juntamente com Sarah J. Townsend, Stages of Conflict: A Critical Anthology of Latin American Theater and Performance (University of Michigan Press, 2008) e Holy Terrors: Latin American Women Perform (Duke University Press, 2004); Defiant Acts/Actos Desafiantes: Four Plays by Diana Raznovich (Bucknell University Press, 2002); Negotiating Performance in Latin/o America: Gender, Sexuality and Theatricality (Duke University Press, 1994); e The Politics of Motherhood: Activists from Left to Right (UPNE, 1997).
Fonte (quase ipsis litteris): https://hemisphericinstitute.org/
PERSPECTIVA EM CENA
A coleção Perspectivas em Cena traz estudos ligados à pedagogia do teatro, educação, treinamento corporal.
DA CAPA
Imagem da capa: a partir de Ana Mendieta no Instituto Hemisférico.
TRECHOS
“O fazer é fundamental para os seres humanos que aprendem por meio da imitação, da repetição e da internalização das ações dos demais. Essa teoria central – que as pessoas assimilam comportamentos ao fazê-los, ensaiá-los e performá-los – é mais antiga do que a teoria aristotélica da mimese (imitação, atuação) e tão contemporânea quanto as teorias de neurônios-espelho que sugerem que o espelhamento, a empatia e a intersubjetividade são fundamentais para a sobrevivência humana.”
“Cada performance antecipa sua resposta ideal. A quarta parede pede ao espectador que não intervenha, que mantenha distância, permaneça sentado para observar o trabalho artístico. Uma manifestação pede que as pessoas se unam em solidariedade com uma causa. Durante uma marcha contra os feminicídios em curso no México, os organizadores solicitaram que os manifestantes colocassem uma flor no corpo da mulher “morta” e se comprometessem a continuar a luta pela paz.”
“Costumamos pensar no corpo como fundamental para a performance, como protagonista e agente de mudança social e intervenção artística. Devemos aceitar, no entanto, que a performance também funciona dentro de sistemas de poder subjugadores, em que o corpo é simplesmente mais um produto. Colonialismo, ditaduras, patriarcados, tortura, capitalismo, religiões, globalização, e assim por diante, constroem seus próprios corpos.”
“Todos nós temos corpos ou duplos eletrônicos ou de “dados”. As autoridades podem acessar nossas informações de imigração, nosso estado civil, nossos registros de saúde, nossos registros bancários e muito mais, simplesmente consultando um computador, quer nós mesmos tenhamos ou não um computador. O corpo eletrônico é mais poderoso do que o corpo de carne e osso – se nos pode ser negada a cobertura de saúde, o direito de viajar e muito mais com base em registros digitais. Pergunte ao Critical Art Ensemble.”
“Poderíamos argumentar que estudar a “performance” apresenta diferentes desafios do que estudar um texto ou um filme supostamente “fixo”. Não obstante entendermos que os textos mudam ao longo do tempo (diferentes edições, fólios ou traduções podem alterar radicalmente os textos) e que o processo de edição pode remodelar significativamente um filme, a noção predominante é que esses artefatos culturais são estáveis e que a performance não é.”
SUMARIO
Apresentação [por Leda Maria Martins]
Prefácio
1 Enquadramento (Performance)
2 Histórias de Performance
3 Espect-Atores
4 Os Novos Usos da Performance
5 Performativo e Performatividade
6 Conhecer Através da Performance: Cenários e Simulação
7 Artivistas (Artistas-Ativistas) ou O Que Fazer?
8 O(s) Futuro(s) da Performance
9 Estudos de Performance
Notas
Agradecimentos
FICHA TÉCNICA
Autora: Diana Taylor
Apresentação: Leda Maria Martins
Tradução: Margarida Goldsztajn
Perspectiva em Cena [PC.08]
Assunto: Arte
Formato: brochura
14 x 21 cm
200 páginas
ISBN 978-65-5505-155-1
Lançamento 12 set
EBOOK
ISBN 978-65-5505-156-8
Lançamento 12 set
